Sempre gostei de palhaços. São artistas, acrobatas, inventivos e, acima de tudo, têm graça, humor, respeito pelos vários públicos que os admiram. São os palhaços com letra grande, aqueles que com muito profissionalismo nos divertem.
E se agora escrevo isto, é porque quero chamar a atenção para outros palhaços que andam por aí a divertir outros, estes de riso alvar e palmas fáceis, que premeiam ditos e apresentações de baixo nível cultural e educacional, tanto pela televisão como pela net e até pela imprensa.
Nos programas ditos de humor, quem não ouve as gargalhadas forçadas de expectadores invisíveis, em reacção a piadas deslavadas e por vezes, pouco respeitosas para o público.
Assim se educam os adolescentes que gritam palavrões na rua e outros lugares para rirem das expressões de desagrado que observam nos rostos de quem os rodeia.
Onde estão os pais educadores neste País? Não percebem que destes "palhaços" só virão atitudes sem qualquer proveito para eles e para os outros?
Depois deste desabafo, escrito num Domingo de Páscoa, apenas resta o anseio de uma sociedade mais educada e mais instruída.