No silêncio do meu bem estar, premaneço. Vozes dentro e fora de quando em quando. A noção de tarefas por cumprir, comparada com o tempo em que as mesmas eram completas em poucas horas. A ausência de forças para sair do casúlo onde me completo. Uma breve sonolência me tira o esforço. Penso em escrever sobre a velhice, mas desisto para não entrar na "floresta" e perder-me. Os novos beijam e abraçam o aspeto. O médico jovem e afável, é o primeiro a juntar doença com o tempo vivido, tornando a consulta numa trágica comédia para enganar o "cigano", cuja vida, somando três vezes a dele, apenas ri para fazer coro. E cada dia é outra novidade. Assim, temos de caminhar juntos, uns mais lúcidos do que outros, olhando-nos ao espelho de cada um e de todos. E rindo, como se nada fosse. Como se ela, a da foice, não estivesse ali, ombro a ombro, rindo connosco.