Fim de um dia muito quente. Dificil respirar. Recuperar o ritmo cardíaco e confiar na noite. Chamas sobre tudo que arde, vento rodopiando ao capricho de uma natureza sem piedade. Emocionalmente dificil ouvir e ver o que a TV transmite. Portugal de rastos. Como obter o oxigénio necessário a tantos corpos? Quantas décadas para se repor o que se perdeu? E os riscos que se correm para salvar vidas, animais e bens? As perguntas não teem fim e a dor também não. Minha amada terra, quem dera entender os desígnios do destino de todos e de cada um, embora saiba que sou apenas uma formiga impotente neste profundo mistério.