Ainda é inverno mas a primavera já bate forte para estar presente, com flores e tudo o mais que vamos descobrindo. Na varanda de muitas esperas há um canteiro, onde dois lírios lilases brotaram mesmo sem rega nem sombra. O alecrim está viçoso e os cactos com pontas novas. De alguns, os mais antigos, vou tirar cabeças para colocar na janela da casa nova. Virei a forma de viver. É como começar do fim, um dia, uma folha que se passa de trás para o princípio do livro que se vai lendo. Há estranheza nas horas e nos rostos e nas vozes. Tudo correcto, tudo higiénico. E para não me perder em análises fúteis, que tal acabar aqui "dias de primavera" e saír?