Ano de 1952. Exames médicos para obter emprego. Duas jovens desconhecidas aguardavam na sala de espera. Só horas depois descobriram que a entidade empregadora era a mesma. Falaram, riram e combinaram que ali se encontrariam para conhecer os resultados dos exames feitos. Depois foram o trabalho e o convívio por longos anos em relativa harmonia e muita amizade. Cresceram crianças, morreram pais e avós. Tudo foi compartilhado entre risos e lágrimas. Desilusões e dores terriveis que foram confidenciadas e consoladas com palavras cheias de afecto. Enfim, vivemos. Hoje há uma delas com o coração sangrando, perante a doença e morte de alguém ainda jovem e de outros dois também ameaçados e em sofrimento. Como pode um velho ajudar outro velho, aliviando-lhe a dor dos afectos familiares que o sufocam? Talvez uma prece, talvez um poema, uma lágrima sinceramente solta por todos neste mundo?