Este começo de Outono não trouxe iniciativa nem inspiração para trabalhos que não sejam manuais e necessários. Há um novo estilo de preguiça que, analisado, provém de um cansaço interior que diz não valer já o esforço para fazer seja o que fôr. Há até um lamento velado nesta forma de agir, que é um não agir. Há poemas para ordenar e imprimir, há desenhos e óleos por terminar, mas falta a plateia que os classificaria se eu exposesse o meu sentir. Essa falta jamais será reposta. Neste ambiente seria o ridículo ou talvez, a falsa admiração pelas obras. Há em mim uma vontade de esconder o melhor que julgo ter para não ser criticada. Guardo e espero que algum sol, ou deus-sol, me indique como e quando estarei apta a me mostrar.
Não era isto o que tinha em mente quando comecei a escrever.