Mariana não existiu
senão atrás da cortina.
De lá, ela me espiava
e me confundia.
Sem rosto me sorria,
sem mão me acenava.
Foi filha, tia, avó,
na intemporalidade da vida.
Para ela,
guardei uma tela em branco
onde me retratarei um dia.
ESPANTO nº1 - a publicidade que o Governo está a fazer para chamar o turismo internacional até ao Algarve, sobejamente conhecido há muitos anos, é ridícula, cara e baseada em visões limitadas a interesses pessoais, visto que os interesses da região não estão nela contemplados. O Ministério da Economia e da Inovação achou por bem inovar, sabe Deus por que preço, a lingua portuguesa. Assim Algarve passa a ser ALLGARVE, para inglês ver e confundir o leitor nacional, já de si muito confuso com tudo que está a ser objecto de mudanças. Alguém saberá quanto custou esta ideia luminosa?
ESPANTO nº2 - Quando comecei a trabalhar para o Estado, nos anos 50 do séc.passado, recordo que o primeiro aumento de ordenado foi de 2$50, o que equivale a 0,10 do euro mais ou menos. Uma miséria mesmo naquele tempo. Todo mundo sabe que não foi possivel fazer riqueza com o fruto do trabalho, mesmo estudando e fazendo concursos. Mas NUNCA tinha havido aumentos que resultassem em prejuízo para o beneficiário desse aumento. Concluindo--neste ano de 2007, recebemos menor pensão de aposentação do que no ano de 2006, em cerca 20 euros.Teria descido a inflacção e não estamos sabendo?
ECONOMIA - Esta será uma cadeira a estudar de novo ,para ser melhor entendida e aplicada com sabedoria e justiça.
A Maria chegou hoje
no seu tempo de chegar.
Pode ter vindo de longe
com direito de ficar
no seio que a recebeu.
Hoje chegaste, Maria,
ao mundo que vai ser teu.
- outra Maria -
Viver sem poesia
é um viver a metade.
É ter a alma vazia
do que lhe dá liberdade.
É olhar e nada ver
ou ver a vida sem Vida.
E ser poeta é ter
o sentido da magia,
que tudo faz renascer
e dá forma à Poesia.
M.E.
A história do Homem é a história ignorada
que, em cada homem, é a sua memória,
algures no espaço, quando vem a alvorada.
Não a que ouve o canto do galo,
mas a outra, a que amanhece,
quando um homem morre
ou uma flor esmorece.