e por isso escrevo uma prece, para usar como apoio ao tempo que resta.
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que o fim seja breve,
que o olhar te reveja,
que o que quer que seja
deixe a alma leve,
que o coração pare
à beira do pranto,
que a mão pese tanto
que apenas acene,
como alguém que conhece
a noite da vida,
que logo amanhece.
Que mais se pode pedir?
como um sopro de vento que não sabe para onde vai, indo apenas. Cada acordar é sempre feito de espanto. Por mim, pelo lugar, por ter de me cuidar, já que a necessidade é forte e tem de ser atendida. E depois o tempo, que me leva até onde a memória se inventa. E depois o convívio de ocasião que altera as horas. Este divagar pelos anseios da mente dão a ilusão de utilidade, mas é um engano assumido, tendo a certeza, como tenho, que tudo se perde para se transformar. E depois...que sabemos nós?
Poema do místico Djalal-od-Din Rumi, discípulo de Ibn Arabi:
Quando era pedra,
morri e tornei-me planta.
Quando era planta,
morri e cheguei à categoria de animal.
Quando era animal,
morri e alcancei o estado de homem.
Porque teria medo?
Quando foi que perdi alguma coisa ao morrer?
Para meditar hoje