Responder a "comentários" com um comentário, não é uma forma correcta de agradecimento pelo muito que esses comentários contém. Quando os Amigos se expressam, sempre usam palavras valiosas para o ego e que nos transmitem os estímulos necessários para continuar a expor ideias. Por isso, este "direito de resposta" é apenas um "bem haja" pelo bem recebido. Com alegria se amealham os escritos que vão constituindo este ramalhete de palavras. Nestes minutos em que se escreve e se publica uma presença on-line, sente-se uma ligação ao todo, que apenas é interior e graciosa. Mas que também se agradece.
Escrevi por birra, com raiva de mim, e o que resgistei tinha tudo para me deminuir perante uma auto análise diária. Mas a ilusão prevalece e vai adulterando o que quero realizar, nesta tentativa de ser activa e competitiva num mundo que já me ultrapassa e nem me reconhece como gente. Há muito que me escondo e só eu sou responsável por essa fraqueza. Não subi a montanha e o coração gasto só permite ir ali, perto e a descer. É como ser Sancho Pança, atraído pela máscara que à minha frente se move. Subitamente inútil, por hoje.
Cada dia é uma surpresa. Pode ser boa ou não. É um jogo para se jogar solitário, decidindo como jogá-lo. Os parceiros de vida vão intervir no jogo, consoante a sua forma de encarar a surpresa. Por isso o seu resultado nunca irá ser o que cada um pretende, mas terá sempre um cunho pessoal. Neste dia o nevoeiro foi rei, por isso o jogo foi analisar os espaços transformados, aceitando a aparência das árvores e das casas como algo indefinido e longíncuo. Não se anda no nevoeiro, vagueia-se ou melhor, desliza-se. E se tudo faz pensar nestas forças naturais que são o nosso meio e que são imprevisíveis, é também natural que nos interroguemos sobre o seu poder. E aqui está o jogo, sem regras mas com análise e perguntas.
Pode contar a Vida com o sim à pergunta que tem em mente e é positivo o resultado. Ou jogar o jogo antigo de mal me quer bem me quer e o fim será sempre o não. É assim o malmequer de três folhas, flor já gasta, de beleza perdida, mas que ainda mantém alternativa como resposta. Saibamos nós escolher a forma benéfica para o resto do caminho, aproveitando a luz do nosso ocaso com saber e alegria.
Olá Ano Novo, boa tarde ou boa noite. Que sabes tu da hora em cada volta que rodas? Nossas mentes criativas dão movimento e espaço, dão nomes e símbolos a tudo que inventam e inventam espelhos para se retratarem. Pensam assim incorporarem-se em algo que julgam ter criado. Tudo mentira. Nós somos a mentira, a ilusão. Por isso, livre por saber que o invento não tem contraponto e não pode existir neste mundo feito de relatividade, posso deambular pelas ideias e tentar espalhar os meus pensamentos loucos. E cumprimentar o Ano, como se o conhecesse...!