Está na hora de parar as angústias e guardá-las numa gaveta, bem fechada. E começar novo tempo, sem projetos e sem memória. Comparar não vale neste jogo. Entre uma hora e outra que virá, volto uma carta do baralho que a Vida me disponibilizou e cumpro a carta apenas. Nada de criar hipoteses ou equações que compliquem os poucos dias que restam aqui. Se penso num qualquer futuro, estou criando laços para me ligar ao desconhecido, laços inuteis, perante um caminho cheio de limitações físicas e mentais. Por isso apelo ao tempo que vou inventar até ao último minuto para que, unidos, EU e TEMPO, sermos um Fim pleno de aceitação e boa vontade. E o Destino que foi projetado em outro plano, seja talvez cumprido. Nenhum leitor pode entender o Velho Parafuso. Como se detesta um Blog assim...!
Entre o sim e o não há nuances com vários aspectos, alguns de dificil definição para um pensamento línear e pouco habituado a racicíonar, divergindo da normal objectividade. Por isso faço um esforço e tento buscar palavras representativas de ideias que vão surgindo à medida que encontro as nuances que julgo existirem. Assim, encontro o talvez, o adiamento da decisão, o recuo, tanto para o sim como para o não, a ignorância, amparada pela forma alheada de ser distraído, e muito mais haverá. Sei que este assunto não interessa para o dia a dia, pelo menos na época actual. Mas é um exercício como outro qualquer, evitando ou tentando evitar a morte dos tão falados neurónios. Pretendo assim usar a escrita, tal como a leitura, como elemento de prazer, de ampliar conhecimento e de alegria. Confrontada com barreiras postas no meu caminho e que devo e quero superar, eis-me em busca das pequenas satisfações que o atrevimento intelectual provoca. E como só eu sente o "comigo" o "si" e o resto que fora do "mim" é nada, termino por hoje, idiotamente feliz.