E porque ignoro se tudo que vejo e vejo muito longe é real, como ensina a "teoria de tudo", começo a imaginar e a criar idéias sobre os Quanta, a ciência que afirma que as partículas de que é feito o universo e tudo nele incluído, só criam realidade quando são observadas. Assim, eu não existo quando não sou vista por algo que me conduza à existência.Isto passa-se nos micro-organismos, mas como tudo que está em baixo é igual a tudo que está em cima, regido pelas mesmas leis, eis-me feita de partículas que constituem os átomos e depois são moléculas, estas são organismos, com funções especificas, inteligentemente exercidas e eu sou o conjunto de um universo dentro de outros, cada vez mais fantásticos, para lá do sonho. De onde eu vim, trouxe o prazer de pensar e imaginar o impossivel à janela do tempo. Ou talvez seja alguém que tenta agarrar o céu.
Sou tua de novo
equanto lembro.
Tu foste mar
e eu a areia
húmida sob a onda,
serena de tanto amar.
A memória
como uma vela acesa
ao pôr do sol, é hoje,
hoje que foi amanhã,
atrás das sombras do tempo,
olhou-me luminoso
ao acordar e eu,
sem mais que o querer
contemplá-lo,
fui tua de novo.
Jornalista, escritor, pesquisador de ciências da vida, José Rodrigues dos Santos permite aos leitores, leigos nas matérias focadas, assimilarem alguns conhecimentos. Escrita simples em assuntos difíceis de explicar e entender, valoriza cada obra com a indicação dos cientistas consultados, o que dá confiança a quem quer tirar da leitura, além do prazer de ler, a alegria de aprender. Do livro "A chave de Salomão" intuisse muita ciência que se adapta a outros saberes, muitas vezes não parecendo ter ligação com a humanidade. Alguns cientistas buscam os segredos da Vida e não recordam o que Hermes disse há milhares de anos, " como fazemos parte do mistério, não é possivel encontrar o que está para além do Tudo." Desde a Astronomia até à Física Quântica, a rede existe e o Universo já é observado como um todo, do qual nós fazemos parte integrante. Este livro permitiu-me sentir a criação na unidade divina.
Nas escarpas que o mar vai devorando até aos hespânicos, sob uma luz que deixa os incautos esmagados pelo espanto, nasceu um povo de poetas sonhadores, dialogantes, inovadores, que de pedras fazem vinho e da terra fazem o pão e cantos de amargura.São os lusos, somos poucos. Escrevo isto em glória aos prémios que, do mundo, nos enobrecem. Inteligentes no trabalho, com uma imaginação soberba e uma criatividade elevada, quase não há dia em que na net, não se encontre uma citação sobre um português premiado. Porque, então, existe uma baixa auto estima em tanta gente? Os filósofos muito estudam e falam, mas ninguém acerta. De que valem estes pensamentos escritos ? Sou eu a querer fazer parte de tudo e de todos.
Tenho pouco tempo para estar aqui. Mas tempo e aqui é o que não me falta. Sempre o mesmo lugar até ao fim, variando o tempo, como é óbvio. Embora me defina como um tipo de loucura, também me analiso e me defino como alguém que sente o chão que pisa. Mas como para tudo tem hora, posso aceitar-me a voar na aventura que por vezes aparece, alegrando a monotomia e as certezas que nunca o são. Há dias entrei num barco sem leme e assim vou. Esqueço que a vida me ensinou a cuidar e adormeço na alegria de ser como sou, sem limites e sem juizos de valor. A barca balança para lembrar a onda e o tempo cuida de mim. Quando chegar acendo uma vela verde para iluminar o chacra do coração. Boa noite.