Quando comecei a pensar em Ti era criança. Não aceitei as lições impressas para decorar e dizer sempre que estvesse em determinados locais. Eu contestava a Tua existência e com isso ia procurando um sinal que me desse alguma certeza, para o sim ou para o não. Com esforço achei livros que me deram sentimentos e julgamentos diferenciados. Mas Tu não estavas presente no céu que eu partilhava Contigo, porque eu não Te via, nem no céu que eu inventava para justificar a minha alegria e amor pela vida, nem no chão que eu pisava, dificil e duro. Um dia, não sei quando, senti-te no meu coração. Foi um júbilo estranho, um extase em lágrimas, uma certeza, um grito da Alma que entra na carne e a eleva. Ficaste nesta energia que pulsa em cada segundo e nem parou quando o bísturi o colocou nas mãos de um cirugiâo. Hoje sei que partilhamos tudo e quando digo tudo é tudo mesmo. Porque tudo é cheio de Ti e sem Ti nada existe. Este texto só pode ser sentido, não lido, não justificado.
Quando a festa da flor foi transmitida pela televisão revivi uma das muitas exposições de orquideas que visitei no Funchal.. Havia milhares de variedades em composições e cores inimaginaveis. Recordo uma enorme estufa com uma decoração apelativa onde a beleza das cores e as diversas formas das flores tinham um enorme impacto.sobre o visitante. À entrada havia filas de turistas interessados e muitos quereriam trazer algumas para casa. Eu tenho orquideas brancas que há três anos se renovam e duram dois a três meses. Foi um presente de Natal de quem è meu amigo.. Talvez por isso elas.se alimentem do Amor que circula entre todos, tendo eu o cuidado de as acarinhar e alimentar. A natureza amada faz-me feliz.