A Vida deu-me muitos afetos. Aqui e ali surgiram pessoas com corações preperados para amar. Se por muito tempo ou pouco isso não conta. Encontramos e unimos nossas vidas com a alegria da novidade e da aventura. Depois há uma continuidade afetuosa que nos alimenta a alma. Alguns afastam-se por necessidade, vergonha, receio, etc. Outros simplesmente desaparecem. Qualquer pretesto serve. Mas eu mantenho a ligação emocional porque sim, só porque sim. Sempre pronta a reatar, a saber e a aprender. Agora tenho uma neta, a Mariana, nascida no Brasil que eu tanto amo. Talvez tivesso vivido naquela parte da Terra, por isso o Brasil me diz muito. A neta, que ambas assumimos, tem o nome que eu escolheria para a filha que não tive. Já nos abraçamos e trocamos as palavras meigas do parentesco, nas visitas que dela recebi. Separam-nos quatro gerações, mas de algum lado veio este encontro, que me consola e orgulha nestes últimos tempos para viver.