O tempo e o espaço iludem os humanos. Estes julgam tudo pelos sentidos que lhe foram dados mas nem sempre é assim. O espaço é o sentido do movimento e o tempo é criado pela nossa mente. No tempo vivemos e na ilusão nele morremos. Podemos faze-lo rápido, lento, belo, horrivel, etc, etc. É para alguns apenas a luta pelo ganha pão e o tempo não chega, para outros é o inverso. Depois há o outro tempo, tempo bom de primavera ou de chuva no inverno. Tudo isto para chegar ao tempo de cada um, dentro da mente que nos leva ao infinito, ao pensamento criativo, ao conhecimento, ao divno de cada ser. Porque penso eu estas questões se não sei as respostas? No meu sonho, no meu céu......
Os mortos andam na casa e os vivos apenas são. Os contactos parecem uniões mas enganam por serem fúteis e ignorantes . Esta forma de viver é pouco sáudável para a alma, que anseia por uma subida a caminho de Casa. Estamos juntos por acaso? Ou há um propósito que nos trouxe aqui? Para lá da pandemia virá uma mudança que nos envolva? Pensar e amar o mundo, abrir o coração à natureza, modificar os interesses pessoais e unir o bem comum. Tudo por Todos. NATAL.
Cresci ouvindo o valor da Palavra. Aprendi a honrar o prometido. Vida fora fui respeitando as minhas opiniões e as das outras pessoas. Assim me respeito perante uma sociedade que vacila, que duvida, que prefere os interesses pessoais à certeza do combinado e da honra. Hoje, perante uma situação inusitada de roubo, encontro-me entre atitudes adversas cujas consequências são muito desagradáveis para mim. O que me foi dito virou o oposto com outra pessoa. Palavra de diretor com duas faces. Sinismo ou cobardia, ou talvez peor. Por tudo isto prefiro o prejuizo em dinheiro do que ser apelidada de falsa ou mentirosa.
Talvez em meu peito, talvez em meus olhos, metida na relva, atrás dos pinheiros, oh alegria que foste tão bela e me deste a mão quando precisei de ti. Alegria, uma menina doce que ao acordar chamava por mim. Me tirava da cama, me vestia e caçava, me dava a bengala que adotei como amparo. Após tantos anos te perdi, alegria, os meus olhos estão tristes, pequenos e baços. Neles residias e tu, alegria, dava-lhes a luz que tudo iluminava. Agora te procuro, enche o meu vazio, leva esta tristeza para lá de mim.
Ou seja, pés quentes e cabeça fria. Equilíbrio, saude mental, coração aberto ao espanto de estar aqui. Viver sabendo que mais vidas virão para encontrar o caminho. Deus em mim e em cada um, numa pobre humanidade que não reconhece as próprias fraquezas e se envolve em poderes que não domina. E se tudo fosse apenas imaginado? Como sombras de algo que não existe? Filosofar é isto: pensar, procurar entender o visivel e o invísivel, ao mesmo tempo que se vive dia após dia lutando com as necessidades a que a vida nos obriga. Experimentar sensações, carências reais, amores extremos. Cada ano num segundo, poeticamente falando. Aqui estou eu, triste pelo mundo, pedindo Luz e Sabedoria a algum deus que ampare os que vão vivendo sem saber o que fazer da vida.
As palavras não são minhas. Quem as ditou? Talvez o vento, talvez a mágoa. De mim, vazia de ideias mas cheia da tristeza que me foi infligida. Passos da vida em caminhos desconhecidos e tortuosos. Encontros com gente imatura, sem carater, sem moral. O crime é visto como tentação de alguém que estaria em dificutoldades financeiras. E os outros? Os amigos, os colegas de trabalho? Isto doi e muito. Ao tempo que se vive, a todos peço desculpa por não serem minhas as palavras....