É como fazer um bôlo sem ter a receita completa. Um pouco disto mais um pouco daquilo, acrescenta um novo ingrediente, as ideias vão surgindo, se possivel alguma poesia bem batida para crescer e depois tempo, o tal tempo que o tempo não perdoa, porque tudo tem o seu tempo certo. Este bolo imaginário pode ser o sonho ou um projecto de mudança ou até, quem sabe, uma viagem. Basta que tenha havido quantidades certas para que alquimia dê seus frutos. Nesta subjectividade vou compondo os meus dias, permitindo manter o equilíbrio entre a esperança e a apatia. Ir dando valor à existência e não criar grandes expectativas, saber que o fim deste caminho é já ali, mas saber ainda disfrutá-lo. Pensar e criar algo que nos enriqueça, eis o bolo saído da alma. E mais só os grandes Homens conseguem fazer.