A chuva chegou pequena, mas necessária. Ainda ontem o sol brilhou e aqueceu este belo jardim, como se o outono estivesse para ficar. Da minha janela vejo para além dos edifícios, os montes que ladeiam o Tejo até à foz. E todas as luzes de todas as moradas, todos os farois de todos os precipícios, são um mundo iluminado que eu não canso de ver ao longe. Foi me reservado este canto para viver e aqui posso sentir a calma que toda esta paísagem transmite. Basta querer abrir os sentidos ao que é belo e nos rodeia a todos.