Para inventar os dias é necessária algumai maginação. Não posso fingir que sou uma rosa ou fingir que existo noutro lugar. Ou que sou jovem e sei correr ou que sou um extraterrestre. Apenas posso viver neste canto e transformá-lo num paraíso. Aqui tudo acontece. O sol abre a janela e entra. Os pardais entram também para debicar o pão que lhe trago do pequeno almoço. Depois as plantas iluminam o espaço, dentro e fora do lugar. Há livros de poesia e livros de livros com livros dentro. Há pinturas e pequenas coisas que enriquecem a vida. E há a Vida, o Deus da Vida, que eu embalo no meu coração. Assim são os dias inventados à espera de não os viver mais.