O ano que até ao fim vivi, devorou-me. Ou só me levou consigo? E para onde? De mim o que ficou? Serei eu completa? Ou apenas modificada? Nestas noites, sem sonhos nem pílulas para dormir, retornei à saúde e ao riso do passado. Imagino-me ante um mar azul, sentada numa cadeira de praia, a gozar o verão que há-de vir. E eu com êle, porque não senti o sol do verão que foi. E tenho saudades. O futuro que imagino, ter-me-à inteira, de novo. Estou lutando por isso.