O 27 era um número mágico. Era o encontro com a independência, com o estar só e mais ainda, com a concretização de um sonho. E quando revejo os locais e memorizo os acontecimentos, enalteço o meu esforço e a força interior que lhe serviu de alavanca. Tudo estava por fazer. O ideal não existe, mas quase o consegui. A ambição foi sempre sábia. Não queria muito mais do que podia. Assim fui juntando pedra a pedra, moeda a moeda, sorriso a sorriso. Ninguém sabe do que estou falando, de que número mágico tiro este riso aberto que agora ostento. Velha e feliz.