Cheguei ao ponto em que tudo sobra.
Como o artista que terminou
a obra
e vê que não utilizou
todos os materiais.
Esses restos são pesos
a mais
nos ombros vergados.
Quem pode levar os fardos
no caminho que devo percorrer?
Cheguei ao ponto em que devo saber
despojar-me ,
se quero resgatar-me.
É na estrada que se vê
o caminhante.
É hoje, agora e não adiante.