Não tenho pressa. O meu trabalho perdeu-se nos dedos do tempo e neles foi tudo o que por ele fui obtendo. Muitas alegrias, algum conhecimento e lágrimas também. Hoje é apenas uma neblina que envolve o passado, como se tivesse tido um sonho inconsequente e multifacetado. Espelhos deformantes são as memórias. Por vezes quero orar, mas não sei a quem. Não estou sensível a ladaínhas e o que me acalenta não tem nome nem palavras que O definam. Mas tratamo-nos por Tu e é com Ele que o meu coração pulsa. Posso dizer sem culpa que " nada me garante que Tu existas e sejas o Pai e o Filho que ensinam. Mas, na dúvida, eu digo que para viver, de Ti preciso, como um filho de um Pai e suplico que sejas o Pai deste filho."