Nesta parte da minha história, eis que descobri que sou uma ilusão do ser, uma energia que se movimenta, interferindo assim com outras semelhantes. Imagino o corpo, sem mim, a andar por aí, tal qual um boneco de barro, feito pelo acaso. Eu fico com o pensamento. a tal energia em movimento. Integro-me no que é como eu e deixo de ser eu para ser todos, espaço e tempo, sem forma nem limite. Sei que tudo é alternância, principio e fim. Por isso olho a pandemia com olhos de futuro, porque ela veio para mudar tudo, através dos passos já dados e da dor de muitos. Ouço dizer que voltaremos ao que era. Lutam por isso, como reter as águas de um imenso mar. A luta não tem direção, nem caminho, nem destino. Estes bonecos de barro pertencem aqui, sugeitos às Leis Naturais de onde nasceram.