Espero-te. As árvores frondosas fazem sombra na relva fresca. Espero-te. Rigida estou e tremo também às vezes, sózinha como a noite em calafrios. Se viesses, o jardim seria um corredor liso e um grande silêncio nos abraçaria. Espero. Meus lábios entreabertos desejam o beijo final e finalmente o altar ardendo para o infinito. E espero. Pouso aqui e ali, como se viajasse pela imaginação fora de mim. Não encontro o lugar. Talvez esteja esquecido. A madrugada já é visivel. A espera é adiada. Espero-te amanhã.