De tanto querer saber de mim, porque penso o que penso, na busca de algo que nem sei se existe, pressinto que deixo passar o tempo e nada de útil me é sugerido. E pergunto se o meu olhar é o necessário para a vida que escolhi viver. Muitas dúvidas se conjungam e por isso treino observar o mundo exterior a par com o meu interior, tendo a memória como cofre precioso. Assim, tento agarrar a realidade com palavras, para no fim descobrir que o mistério destroi o discurso e que as suas sílabas são engolidas pelo silêncio.