É domingo e chove. A luz do dia é baça, cinzenta e triste. A hora foi atrasada em sessenta minutos. E eu continuo presa a este quarto, onde me trazem as refeições à hora certa. O jardim é um poço de silêncio, apenas cruzado por aqueles que para nós trabalham. O medo de um vírus assassino tomou conta do mundo. Milhões de pessoas estão doentes e mais de um milhão já partiram da Terra. Será que a humanidade vai aprender a lição? Muitos de nós apenas querem regressar à boa vida que tinham sem olhar para as concequências dos seus actos. O sol está a afastar algumas nuvens e a chuva parou. A brisa entra pela janela aberta com a esperança de que tudo melhore, para a Natureza e para os humanos.