Em cada idioma há palavras mágicas pelo seu significado ou pelo som que produzem. Para mim há muitas no português que falo. E usu-as muito, mesmo sem dar conta. Pelo seu aconchego às derivações gregas ou latinas ou pelas letras que as compõem, essas palavras teem poesia e sons cativantes. Ler um soneto de Camões ou de Antero ou de Pessoa é trazer à alma uma paz e uma satisfação enorme. A poesia, em toda a sua beleza, palavras e ideias incluidas, é para mim o conforto na solidão e o comprido para dormir.