Como todos os que escrevem também eu falo de mim em cada palavra, em cada frase. Há uma varidade de situações que misturam o real e o imaginário, não sendo possivel, por vezes, assumir o que já se conhece. E como a distância, no tempo, altera o que foi, é o imaginário que prevalece. O tempo do tempo habita em mim como um cavalo à solta, dentro dos escassos limites de que disponho. Assumidamente procuro a porta no meu interior que me leve à descoberta desse campo imenso que a todos nos liga ao infinito futuro/passado, como os contos de fadas e duendes dos livros de outrora. Para iniciar um novo livro disponho de um projeto, que o tal tempo dentro do tempo talvez não permita concluir. A saúde vai falhando, a disposição também. Freio no cavalo não é possivel. Apagar a esperança também não.