Há um poema sentido em cada lágrima. Em cada lágrima há dentro a dor que nos destrói. A dor que sobe do peito e em chamas nos consome. A perda pode ser compreendida mas nunca é aceitável. Nunca se entende por ser uma perda, algo que a vida nos cola à pele e sem aviso nos tira. E, em lágrimas, juntamos as outras, as que já foram, num abraço sem fim. Nesta fase, falando de semanas. só forçando a distração, se encontra alento., pouco mais que um sorriso. As palavras podem ser o ombro amigo, aquele que ocupa todos os lugares vagos à minha volta. E são muitos, todos resumidos em fotografias velhas que das paredes me olham, como se eu não existisse.