Escrever sobre Irmã é dificil. Trás memórias de doenças mortais e sofrimentos que me abriram horizontes espirituais e se colaram a mim para sempre. Por vezes choro, abrindo o coração à dor e à saudade. Confronto-me agora com a demência, não ainda total, mas cuja presença é extremamente agressiva. E como a relação comigo foi dificil, mesmo na doença domina a vontade em falar sobre assuntos que me mostrem a raiva e o ciúme que carrega na alma. A caricia é recebida com indiferência, embora eu sinta como é benéfica a mão que afaga. Doi muito. Não sei como aliviar. Talvez estas palavras escritas me ajudem a ultrapassar o sofrimento.