Há sete anos que entrei nesta casa para ser minha. Fechei um ciclo e de novo comecei uma parte do meu tempo. Esforço-me por viver bem no meu silêncio natural. As falas são contidas, os sorrisos são simples e o respeito completam os dias. A proteção é cem por cento. O conforto também. Estes adjetivos já são repetidos. Nada de novo além do meu tempo, cada vez menor e cada vez mais interior. Sou chamada a novas ciladas e para sair delas recorro a tudo. Desde ao pensamento subjetivo, sem subtância ou forma, até à prece dirigida a um céu que nem sei se existe. Tudo isto dá cor à vida e quando adormeço tenhos os sonhos como ajudas inesperadas. Por tudo festejei o dia de ontem a beber um café em uma esplanada, ao sol de inverno.