Este ser que julgo ser e de longe vem, onde já fui outros eus, todos talvez tão diferentes que nem os posso imaginar, encontra hoje uma encruzilhada na sua forma de ser. Entre a ventura e a desventura, entre as duas naturezas de aprender e de esquecer ao que vim. A ventura serve a alegria egoista de viver, sem olhar à volta. A desventura é usar cada dia a fazer da vida a amargura solidária do viver do outro, tirando de mim algo que me pode proteger. Será uma questão de fé optar pela segunda? Nesta sigo o ser que julgo ser e por este caminho atingirei a primeira? E o aprender terá correspondência no lembrar o caminho esquecido.? Tantas são as dúvidas que a vida nos põe nas horas em que a consciência nos inquieta, perante acontecimentos que pedem a nossa intervenção. Estender a mão ou ouvir Mozart?. Temos sempre que decidir e assim vamos para outra encruzilhda...