Quando comecei a pensar em Ti era criança. Não aceitei as lições impressas para decorar e dizer sempre que estvesse em determinados locais. Eu contestava a Tua existência e com isso ia procurando um sinal que me desse alguma certeza, para o sim ou para o não. Com esforço achei livros que me deram sentimentos e julgamentos diferenciados. Mas Tu não estavas presente no céu que eu partilhava Contigo, porque eu não Te via, nem no céu que eu inventava para justificar a minha alegria e amor pela vida, nem no chão que eu pisava, dificil e duro. Um dia, não sei quando, senti-te no meu coração. Foi um júbilo estranho, um extase em lágrimas, uma certeza, um grito da Alma que entra na carne e a eleva. Ficaste nesta energia que pulsa em cada segundo e nem parou quando o bísturi o colocou nas mãos de um cirugiâo. Hoje sei que partilhamos tudo e quando digo tudo é tudo mesmo. Porque tudo é cheio de Ti e sem Ti nada existe. Este texto só pode ser sentido, não lido, não justificado.