Encho os olhos de coisas novas qie ainda teria prazer em usufruir. E com alegria por elas existirem a tempo de eu as contemplar. Vejo obras em velhos monumentos, locais de uso diário com novas formas de aproveitamento, piscinas sobre telhados, com paísagens fabulosas, etc, etc. E penso, como tudo isto é vulgar neste tempo. O seu uso é visto como mais um atributo às gerações que criam, como consequência da criatividade de cada pessoa que luta para melhorar a sua própria vida. Quantas vezes olhei estes locais com tristeza, pelo seu abandono ou porque não eram aproveitados. Por todo o País observei a alegria dos portugueses, quando um novo teatro surgia ou um centro de convívio ou até uma nova estrada. De tudo apenas hoje tenho uma visão na TV ou na net e de todas as novidades tiro a alegria de outros puderem gozar-las. Para mim, é com tristeza que me vejo impedida de vaguear só pela cidade, pois o medo colou-se à independência que sempre guiou a minha vida. Mas acho natural que assim seja, pela falta de saúde e pelo tempo que já vivi.