O pensar enreda-me em coisas novas, mas sempre as velhas estão presentes. Assim, o raciocínio se perde ante a ânsia de futuro e o peso do passado. A mente disfruta de ideias de outros em mim, plantadas pelo tempo a que a memória serve de chão. A este chão eu chamo de conhecimento. E se há dias em que o pouco tudo contém , outros há que vivo no vazio, pois tudo se esvai sem perceber o porquê. É como se o ontem e o minuto seguinte fôssem um novelo sem pontas. A relatividade em que nos movimentamos não permite expor ideias sem representá-las, o que dificulta a sua exposição. Este dia com nuvens densas, rouba-nos o sol. Nada brilha, nada é real.