O que escrevo não tem título. O prazer de juntar palavras com ideias dentro e delas tirar um conjunto de símbolos que me identifiquem em linguagem, é de tal forma palpável que não sei como classifica-lo. Gostaria de ser mais explícita quando as ideias são mais originais, mas como vou escrevendo sem projeto, perco-me por vezes. Até porque sei que tudo já foi dito neste idioma ou noutro, usado hoje ou não. Estes pensamentos nascem com as palavras certas para serem entendidos. É como se fosse um ditado feito dentro de mim. Parece uma sensação tola mas é o que sinto muitas vezes. Imagino como esta confissão será ridícula para muita gente. Paciência, nada a fazer. Também sinto alguma companhia, nestes dias sem gente perto. "A cada sombra os sentidos reagem, como se fosse o anjo que o deus me segredou" Desta frase de um poema de David Mourão Ferreira roubo um pouco do que vivencío.