Hoje estou no Museu Rodin. Detenho-me frente aos Burgueses de Calais e choro. Vou procurar "Na mão de Deus", ainda sei o caminho e depois vou comtemplar o "O beijo". Fico parada de espanto. A beleza não tem definição apenas é. Da pedra foi tirado tudo que não era necessário para se cumprir a Obra. Quando a vi, pela primeira vez, toda eu fui lágrimas. A comoção foi maior que eu. Os blocos de mármore são vivos nos rostos neles concebidos. As mãos, com veias, sugerem os gestos humanos, sejam de amor, de prece ou morte. Regresso. Entro no Museu Soares dos Reis. Meu coração une todas as Obras geniais e choro, Por mim, pelo sonho, pelas obras inacabadas.